O nível de emprego na indústria caiu 0,7% em abril, na comparação com março, informou nesta segunda-feira o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Trata-se do sétimo recuo consecutivo, na comparação com o mês imediatamente anterior.
Em relação a igual período do ano passado, a queda foi ainda pior: a retração de 5,6% é a maior de toda a série iniciada em 2001. No acumulado do últimos 12 meses, a retração é de 0,4%. No acumulado de janeiro a abril, verifica-se queda de 4,4% em relação a igual período em 2008.
O valor da folha de pagamento dos trabalhadores da indústria registrou queda de 0,2% frente a março. Em relação a abril de 2008, houve retração de 1,8%. No acumulado do primeiro quadrimestre, a folha de pagamento caiu 0,5% na comparação com igual período em 2008. No acumulado nos últimos doze meses, o crescimento é de 3,7%.
Queda em 16 setores
O IBGE indicou que, na comparação com abril de 2008, houve diminuição dos postos de trabalho em 16 dos 18 setores pesquisados. Houve queda nos 14 locais, com destaque para Minas Gerais (-7,2%), região Norte e Centro-Oeste (-8,8%) e São Paulo (-4,2%).
Entre os setores, as quedas mais significativas foram observadas entre produtos de metal (-10,2%), vestuário (-9,7%) e meios de transporte (-9,4%)..
Por outro lado, exerceram pressão positiva o pessoal empregado no segmento de papel e gráfica (12%) e minerais não-metálicos (0,8%).
Renda
O número de horas pagas na indústria caiu 0,4% em relação ao mês anterior. Foi também o sétimo resultado negativo consecutivo, com perda acumulada de 7,1% desde outubro.
Em relação a abril de 2008, o número de horas pagas recuou de 6,2%, maior queda desde 2001. De janeiro a abril, a retração é de 5,3%. Nos últimos 12 meses, a queda é de 0,9%, menor resultado desde março de 2004.
Em abril, o valor da folha de pagamento real da indústria, já descontados os efeitos sazonais, apresentou variação negativa (-0,2%) em relação a março, segundo resultado negativo seguido, acumulando recuo de 2,8% nesse período.
Na comparação contra igual mês do ano anterior, o valor total da folha de pagamento caiu 1,8%, segunda taxa negativa, enquanto o indicador acumulado nos quatro primeiros meses do ano ficou em negativo em 0,5%. A taxa anualizada, índice acumulado nos últimos 12 meses (3,7%), permanece em trajetória decrescente desde setembro de 2008 (6,7%).
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