PT faz ato pró-Petrobras e contra os ‘oportunistas’

O petismo promove nesta segunda (8) um ato público para “defender” a Petrobras dos ataques de “políticos oportunistas”.

A manifestação ocorrerá na Assembléia Legislativa de São Paulo, às 14h.

Por ironia, ocupará uma sala com nome de grãotucano: Auditório Franco Montoro.

Trata-se de uma iniciativa conjunta das bancadas de deputados federais, estaduais e vereadores do PT.

É mais uma reação à CPI da Petrobras, cuja instalação está prevista para esta quarta (11).

Em “convocação” levada à internet, o PT pisa em todos os calos dos rivais do governo Lula.

Anota, por exemplo, que a “grandeza da Petrobras está ameaçada pelos mesmos que, sob o governo FHC, queriam privatizá-la”.

O lero-lero privatista é tachado pelo tucanato de “embuste”. Dias atrás, o presidente do PSDB, Sérgio Guerra (PE), leu no plenário do Senado uma carta de FHC.

No texto, enviado ao Congresso na época em que era inquilino do Planalto, FHC diz que, sob sua gestão, a estatal petroleira não seria vendida.

No convocatória que pendurou na web, o petismo acusa tucanos e ‘demos’ de usarem a CPI como ferramenta eleitoral.

“A contribuição que a Petrobras deu ao desenvolvimento do país é colocada em xeque por políticos oportunistas, interessados apenas nas eleições de 2010.”

Como que antevendo a escalada do PT, os líderes Arthur Virgílio (PSDB) e José Agripino Maia (DEM) ensaiam, desde a semana passada, o contraponto.

Afirmam que a CPI não é contra, mas a favor da Petrobras. Visa, no dizer de ambos, livrar a estatal dos malfeitos que proliferam sob o aparelhamento político.

Em meio à fuzarca retórica, Renan Calheiros (RN), o líder do PMDB, demora-se em indicar o relator da CPI.

Na semana passada, Lula dissera, em privado, que jogaria água fria na fervura que derrete, nos arredores da CPI, as relações de Renan com o PT de Aloizio Mercadante.

Por ora, o presidente ainda não levou a mão ao balde