Resolução é resposta "firme" à Coreia do Norte, diz embaixadora americana

A embaixadora dos Estados Unidos na ONU (Organização das Nações Unidas), Susan Rice, disse que a proposta de resolução contra a Coreia do Norte, proposta nesta quarta-feira, é uma resposta "muito firme" contra o recente teste nuclear realizado pelo país comunista.

Depois de duas semanas de negociações, os membros do Conselho de Segurança chegaram a um acordo para expandir as punições a Pyongyang.

O texto prevê que o embargo à aquisição de armas deve ser expandido; os acordos comerciais devem ser limitados; e os navios suspeitos de levar armas e materiais nucleares devem passar a ser fiscalizados. Esse resultado final, segundo os diplomatas, foi uma versão reduzida de uma resolução inicial, mais dura, e representa uma expansão moderada das sanções impostas ao governo norte-coreano depois de seu primeiro teste nuclear em outubro de 2006.

"Acreditamos que a mensagem que o Conselho enviará ao adotar essa resolução é que o comportamento da Coreia do Norte é inaceitável, e que [o país] deve pagar o preço", disse a embaixadora americana.

A expectativa é de que o texto seja discutido ainda nesta quarta-feira pelos 15 membros do Conselho de Segurança, e que a proposta de resolução seja votada na próxima sexta-feira (12).

As nações ocidentais esperam por uma aprovação unânime das sanções, o que seria um forte sinal de unidade da comunidade internacional. Mas diplomatas disseram que Vietnã e Líbia, membros do Conselho, são vistos como potenciais obstáculos para um voto unânime.

Nesta segunda-feira (8), Pyongyang renovou a promessa de que irá reagir 'com linha-dura' a eventuais novas sanções. De acordo com o jornal norte-coreano 'Rodong Sinmun', a Coreia do Norte 'já deixou claro diversas vezes que irá considerar qualquer sanção uma declaração de guerra e que irá adotar as medidas de autodefesa correspondentes'.

Provocação

Essa resolução é uma represália ao anúncio de um teste nuclear subterrâneo feito pela Coreia do Norte em 25 de maio passado. Desde então, mesmo sob fortes críticas de toda a comunidade internacional --incluindo seus aliados--, a Coreia do Norte já disparou diversos mísseis, e a expectativa é pelo lançamento de um suposto míssil de longo alcance capaz de chegar ao território americano.

Nesta segunda-feira (8), o Japão informou ter interceptado, via rádio, uma informação de que a Coreia do Norte mandou todas as embarcações ficarem longe da sua costa leste entre os próximos dias 10 e 30.