Na próxima sexta-feira (12), cerca de 46 milhões de iranianos irão às urnas para decidir seu presidente nos próximos quatro anos. Concorrem o atual presidente, Mahmoud Ahmadinejad, e mais três adversários. Essa é a 10ª eleição presidencial do país desde a Revolução Islâmica, há 30 anos.
No Irã, todo cidadãos com mais de 18 anos pode votar. No caso da disputa presidencial, ganha quem receber a maioria absoluta --mais da metade-- dos votos. Quando isso não acontece, há um segundo turno, na sexta-feira seguinte à da primeira votação, do qual participam somente os dois candidatos com maior número de votos.
Caso o candidato vencedor morra nos dez primeiros dias após a eleição, uma nova votação deve ocorrer em duas semanas. O novo governante deverá ser eleito em até um mês antes do término do mandato de seu antecessor.
Em teoria, todo iraniano pode ser candidato à Presidência. Na prática, porém, para se candidatar, o cidadão tem de preencher uma série de pré-requisitos, e só são efetivadas candidaturas de "personalidades religiosas e políticas" e "fiéis aos princípios da República Islâmica e adeptos da religião oficial do país", o islamismo xiita.
Quem decide os candidatos é o Conselho dos Guardiães, um grupo composto por 12 pessoas que tem poder inferior só ao do líder supremo, aiatolá Ali Khamenei, e cuja tarefa é zelar pelo cumprimento da Constituição e das leis islâmicas que regem o país.
Nesta ano, 475 iranianos entraram com pedidos de candidaturas, entre os quais 42 mulheres. Mas apenas quatro candidatos foram aprovados.
O novo presidente iraniano deverá tomar posse em setembro que vem.
Os iranianos que vivem no Brasil também poderão votar na Embaixada do Irã em Brasília e nos consulados em São Paulo e Curitiba. Segundo a embaixada, há 2.500 iranianos no país.
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