O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge, reafirmou hoje (5) que é contra a prorrogação da redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) na compra de veículos e que defenderá o fim do benefício no prazo determinado, 30 de junho.
Ele não disse se o governo pretende prorrogar a redução do IPI e informou que o governo deve discutir o assunto na terceira semana deste mês. Miguel Jorge discorda dos que preveem redução das vendas a partir de julho, se o benefício acabar.
"É importante que as pessoas saibam que vai acabar, porque senão posterga-se a compra. Até o dia 30, vou ser contra a prorrogação."
Segundo o ministro, a expectativa de queda gera uma mudança positiva, que é comprar o carro, mas, quando se sabe que há prazos longos, continua-se na mesma situação e não se provoca o consumo.
Miguel Jorge destacou que a questão mais importante a ser resolvida no momento é a queda na venda de caminhões, mas ressaltou que o governo ainda não sabe quais serão as medidas tomadas, embora esteja trabalhando na questão, que considera urgente.
"Temos que trabalhar para encontrar uma maneira de fazer com que o autônomo, que é responsável por grande parte da frota do país, possa trocar um caminhão mais velho por outro mas novo", afirmou o ministro, após participar da cerimônia de instalação do Grupo de Trabalho Automotivo do ABC, em São Bernardo do Campo (Grande São Paulo).
Um dos problemas relacionados aos autônomos e que precisa ser solucionado é a questão da garantia de que o financiamento será pago. "O autônomo dificilmente consegue dar uma garantia que é necessária. Uma grande empresa, por exemplo, tem garantias para dar e com isso consegue crédito a longo prazo. O problema é o autônomo".
Segundo o ministro, o governo está tratando com os sindicatos da categoria e tem encontrado uma série de problemas. Ele evitou dizer quais são os entraves ou dar prazos para o anúncio das medidas e disse que há diversas questões, inclusive legais, que precisam ser tratadas antes de adiantar qualquer uma das medidas que podem ser tomadas. "Não temos data porque não estabelecemos prazo. Tem algumas coisas que não podemos dar prazo".
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