O Ministério da Saúde informou na tarde deste sábado que foram registrados quatro novos casos de gripe suína no Brasil --como é chamada a gripe A (H1N1)--, elevando para 58 o total de casos no país. Três novos casos foram registrados em São Paulo e um no Distrito Federal.
Segundo o ministério, dois pacientes (um de SP e outro do DF) foram infectados pelo vírus no exterior. Os outros dois casos (ambos de SP) foram infectados por contato direto com pessoa que já havia sido diagnosticada com a doença e que a contraiu também no exterior. Todos os pacientes estão em tratamento e passam bem.
Ao todo, 58 pessoas já foram contaminadas no Brasil. O Estado de São Paulo teve o maior número de ocorrências --com 23 casos confirmados; seguido pelo Rio de Janeiro (10), Santa Catarina (10), Minas Gerais (5), Tocantins (4), Mato Grosso (2), Distrito Federal (2), Rio Grande do Sul (1) e Bahia (1).
Todas as pessoas que tiveram contato com os infectados estão sendo monitoradas, informou o Ministério da Saúde.
Outros 73 casos suspeitos estão sendo monitorados no país: São Paulo (18), Minas Gerais (15), Santa Catarina (15), Paraná (8), Distrito Federal (3), Rondônia (2), Rio Grande do Norte (2), Rio de Janeiro (3), Pernambuco (4), Mato Grosso do Sul (1), Paraíba (1) e Rio Grande do Sul (1). Entretanto, 462 casos foram descartados.
Pandemia
Na quinta-feira (11), a OMS informou aos países-membros a existência de uma pandemia (epidemia generalizada) de gripe suína --como é conhecida a gripe A (H1N1). O motivo foi a abrangência da doença, que já atingiu diversas regiões do mundo, e não a periculosidade do vírus.
A decisão de passar do nível 5 para o atual nível 6, o máximo na escala de alerta de pandemias, foi tomada depois que o número de casos aumentou nos Estados Unidos, na Europa, na América do Sul e em outras regiões.
Sintomas
A gripe suína é uma doença respiratória causada pelo vírus influenza A, chamado de H1N1. Ele é transmitido de pessoa para pessoa e tem sintomas semelhantes aos da gripe comum, com febre superior a 38ºC, tosse, dor de cabeça intensa, dores musculares e articulações, irritação dos olhos e fluxo nasal.
Para diagnosticar a infecção, uma amostra respiratória precisa ser coletada nos quatro ou cinco primeiros dias da doença, quando a pessoa infectada espalha vírus, e examinadas em laboratório. Os antigripais Tamiflu e Relenza, já utilizados contra a gripe aviária, são eficazes contra o vírus H1N1, segundo testes laboratoriais, e parecem ter dado resultado prático, de acordo com o CDC (Centros de Controle de Doenças dos Estados Unidos).
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